Liberdade ou morte

Liberdade ou morte

Colunista fala sobre a cultura americana

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06 Junho 2018 – Diário de Santa Maria

Colunista fala sobre a cultura americana

“Há duas coisas que tenho direito: a liberdade ou a morte. Se não tiver uma, tenho a outra. Nenhum homem neste mundo vai me tomar a vida!!!”

No ano de 1819, numa noite fria, uma negra escrava, entre dores e gritos, dava à luz a uma menina. No pequeno condado de Dorchester, no estado de Maryland (Estados Unidos), a menina que arejava os pulmões não carregava o peso da dor. Ela foi uma libertária. Ela foi uma das mais importantes “condutoras” de negros para a liberdade. O nome dado pela mãe foi Aramita Ross.

Quando completou 11 anos, passou a usar uma bandana na cabeça, indicando que saíra da meninice. Foi aí que mudou o nome, virou Harriet. Nos olhos penetrantes carregava o ar da rebeldia. Não iria morrer como escrava. E viraria a mais famosa e eficiente “condutora” de negros. Armada de revólver e de sua atávica coragem libertou milhares de escravos, irmãos de sangue. Ficou conhecida como “a Moisés” de seu povo.

A História dos Estados Unidos é fascinante. Ela é repleta de personagens heroicos e cativantes como Harriet Tubman. Ao conhecermos e viajarmos para a terra do “Tio Sam”, notamos como o povo estadunidense zela por sua cultura, valores, monumentos, grandes e pequenos personagens. E se você quer conhecer os americanos como eles são e o país de forma mais natural, vá de trem.

Você pode atravessar os Estados Unidos – do Pacífico ao Atlântico – de São Francisco a Nova Iorque, 5 mil km, por um preço acessível: 213 dólares. Na alta temporada, o preço pode variar até 350 dólares.

Embora os trilhos americanos sejam remanescentes de uma era “há muito esquecida”, e como no Brasil o carro e os caminhões dominaram o cenário dos transportes, é uma das experiências mais legais do mundo (the world´s greatest travel experiences).

Há uma lenda popular que liga Harriet e as estradas férreas. Hoje em dia, os negros contam quando apita um trem para os lados do sul, todo aquele que sofre alguma prisão, cerceamento de liberdade, seja física, espiritual ou de pensamento, sente um arrepio. É Harriet, a condutora, chamando para a grande travessia. E há sempre quem se levante e encontre o caminho. Eu estou encontrando.

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