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30 Agosto 2019 – Diário de Santa Maria
“Não cabe a nós controlar o tempo. O que nos cabe é amar enquanto há tempo”.
Ah! O Tempo… Quanto tempo nos resta? Quantos dias? Quantos meses? Quantos anos? Quando chegará a hora?
O poeta Mario Quintana já alertava sobre o Tempo:
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas! Quando se vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal?
Quando se vê, já terminou o ano?
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado?
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas? Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo?
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
O Tempo não voltará jamais. O que fazer diante dele? Como definir prioridades? Como aproveitar esse breve e fugaz Tempo de nossa bruxuleante existência?
Se somos passageiros que logo partiremos… Como tornar essa viagem mais feliz e prazerosa? Eu sugiro…
Viajando, guardando lembranças, vivenciando momentos intensos e felizes. E contemplando as mais belas paisagens desse minúsculo e maravilhoso planeta ou do nosso amado país: o Brasil.
Uma das mais belas e marcantes lembranças que tive em minhas viagens pelas capitais dos estados do Brasil é o pôr do sol em Porto Alegre.
Poa ou simplesmente Porto, como carinhosamente é chamada, tem um entardecer dos mais bonitos do país, à beira do rio (ou seria lago?) Guaíba. (“Tente. Sei lá, tem sempre um pôr-do-sol esperando para ser visto, uma árvore, um pássaro, um rio, uma nuvem. Pelo menos sorria, procure sentir amor. Imagine. Invente. Sonhe. Voe”. Caio Fernando Abreu)
Além do belo ocaso, a capital dos gaúchos, chama atenção pelos parques grandes e bem arborizados. O Parque da Redenção – mais tradicional da cidade – tem monumentos, palmeiras, pedalinhos, minizoo e orquidário. É o lugar ideal para levar a dupla inseparável do gaúcho (cuia e garrafa térmica) e tomar um chimarrão.
Porto Alegre tem uma vida noturna agitada. Os milhares de bares da Cidade Baixa pululam de gente bonita e animada.
Não podemos esquecer-nos da vida cultural de Poa. Museus de boa qualidade, como a Fundação Iberê Camargo e o Museu de Ciências e Tecnologia da PUC. Vale a pena visitar também a Casa de Cultura Mario Quintana. Em 1983, o hotel Majestic – onde o poeta morou de 1968 a 1980 – passa a se chamar Casa de Cultura Mario Quintana. Os espaços da Casa de Cultura Mario Quintana estão voltados para o cinema, a música, as artes visuais, a dança, o teatro, a literatura, a realização de oficinas e eventos ligados à cultura. Eles homenageiam grandes nomes da cultura do Estado do Rio Grande do Sul.
Por fim, como diz o poeta Nelson Martins em Porto Alegre: Como não te amar?
Das casas que me observam por trás dos pequenos muros Eu menino poeta… Das praças que perfumam o meu olfato Eu menino poeta… Das mulheres Gaúchas que embelezam Tu cidade Porto Alegre Eu menino poeta… Das bombachas do chimarrão do churrasco Gaúcho Eu menino poeta… Das águas do Guaíba com um dos Por de sol mais lindo do Brasil. Eu menino poeta…