O que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte

O que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte

No texto de hoje, colunista destaca seis lições históricas que a Alemanha deixa para o Estado e a sociedade

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27 Junho 2018 – Diário de Santa Maria

No texto de hoje, colunista destaca seis lições históricas que a Alemanha deixa para o Estado e a sociedade

Fotos: Reprodução

A Alemanha é um dos países mais organizados do planeta. Limpo, pontual, responsável e inteligente. Belas paisagens, história e cultura. Viajar para a Alemanha é imperdível!!! Mesmo sem ter domínio da língua alemã, nota-se que praticamente a língua inglesa é o segundo idioma. O povo alemão é receptivo, gentil e acolhedor.

Uma das mais belas cidades da Alemanha é Munique. A Oktoberfest de Munique é uma verdadeira ode à cerveja e à vida.

Infelizmente, também quando penso em Munique, relembro o histórico ano de 1938. Em 29 de setembro de 1938, tivemos o infame acordo de Munique.

França e Inglaterra cederam ao ultimato sarcástico de Hitler e a Tchecoslováquia foi desmembrada. “O acordo de Munique entrou para o nosso vocabulário como uma aberração específica – o castigo por ceder-se à chantagem”. Não há como esquecer também o gesto vazio e patético do primeiro ministro britânico Neville Chamberlain ao retornar a Londres e dizer que trouxe paz à Europa.

Em 1° setembro de 1939, a Alemanha nazista invadiu a Polônia. A partir daí começa a II Guerra Mundial. O resultado foi 60 milhões de mortos e uma Europa do pós-guerra, como disse Churchill: “um monte de entulho, um ossuário, um terreno fértil para a pestilência e o ódio”.

Seis lições do acordo de Munique para os nossos dias:

          1. Não se deve ceder à chantagem.
          2. O discurso retórico de Hitler de reparar as injustiças de Versalhes era um engodo e escondia suas verdadeiras intenções malignas e expansionistas.
          3. Devemos ser tolerantes com os intolerantes?
          4. Muitas vezes aqueles que mediam situações de conflito, o objetivo não é a busca da conciliação de interesses e vontades divergentes. Na realidade, o (s) mediador (es) quer (em) se isentar e não se comprometer com nenhuma parte.
          5. Quando uma das partes rejeita o acordo de mediação, a sensação de alívio e satisfação do(s) mediador(es) é alcançada e vem seguida da frase: “Eu tentei”.
          6. Por fim, Munique nos deixou inúmeras lições históricas que servem para os Estados e servem para a nossa vida pessoal e profissional. Serviu e serve para minha vida. 

Vale ressaltar que viajar não é apenas lazer, diversão e entretenimento. É um momento ímpar de conhecer a história, a cultura, a gastronomia, o espírito do povo visitado e etc.

O ato de viajar nos faz aumentar nossa percepção e visão de mundo. Nossa breve, frágil, mísera e mesquinha existência exige experiências hedonistas como viajar. Ou seja, “quanto mais nos elevamos, menores parecemos aos olhos daqueles que não sabem voar” (Friedrich Nietzsche).

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