Link externo:
20 Dezembro 2019 – Diário de Santa Maria
No Natal, comemora-se Nativitas Domini, o nascimento de Jesus Cristo. Na verdade, a data não possui um fundamento histórico. Apesar de 25 de dezembro ser festejado desde o ano de 336 como o aniversário de Jesus, não se sabe exatamente quando Jesus Cristo nasceu. Essa falta de exatidão não tem grande importância. O fundamental nesta data é a lembrança de Jesus Cristo entre nós e a importância deste fato para nossa vida.
O simbolismo do Natal está representando também num olhar para o futuro, ou seja, a orientação de uma vida nova. O Natal não é simplesmente a lembrança do fato de Deus ter se tornado humano. O Natal é a recordação do milagre de Deus ter se tornado homem, e fundamentalmente o momento, a chance de nós, humanos, assumirmos nossa condição divina. Ou seja, “o Natal não é simplesmente uma festa, uma comemoração, mas sim uma experiência de vida, uma decisão que está em nossas mãos: deixar que hoje Deus (re) nasça em cada um de nós”.
Jesus Cristo nasceu em Belém. Atualmente, território palestino ocupado por Israel. No entanto, nas grandes frases folclóricas do futebol que “ninguém disse”, atribuíram a Claudiomiro (ex-jogador do Internacional de Porto Alegre, ao chegar a Belém do Pará para disputar uma partida contra o Paysandu, pelo Brasileirão de 1972) a seguinte pérola: “Tenho o maior orgulho de jogar na terra onde Jesus Cristo nasceu”.
Fotos: Viagem e Turismo (Divulgação)
Pois bem, caro leitor, em 2012, tive o orgulho de conhecer também (como o Claudiomiro) a exótica Belém do Pará.
Belém, a capital paraense é uma das cidades mais exóticas do Brasil. Você conhece Abiu Fruta, Ajuru, Araçá, Bacaba, Bacuri, Biribá, Buriti, Camuti, Camu-Camu, Carambola, Cupuaçu, Cupuaí, Graviola, Murici, Taperebá?
Ou os pratos típicos de Belém: Pato no tucupi, Maniçoba, Caruru, Tacará, Vatapá, Chibé, Arroz paraense?
Ou os peixes de Belém: Mapará, Gurijuba, Acará, Tamuatá, Tambaqui?
Inacreditável, não?
A culinária paraense vem da exuberante natureza da Amazônia com temperos com folhas (maniva, chicória, coentro), pimentas de cheiro e ervas. É um verdadeiro mix da cultura indígena, um pouco da portuguesa, francesa, africana, árabes, sino-libanesa e japonesa.
Além do atrativo da culinária (a comida vale a viagem), o mercado ver-o-peso é uma “loucura” (“O Ver-o-Peso não só é o coração da cidade, como um dos mercados mais incríveis do planeta, para onde confluem os ingredientes da Amazônia. Pripioca, jambu, mandioca brava, castanha-do-pará, pirarucu, surubim, filhote, curimata, tambaqui, açaí, taperebá, bacuri. É um caos dos mais organizados”).
E por fim, chamou-me a atenção a estação das Docas. O “Puerto Madero” de Belém, em menor escala. “Uma grande sacada da cidade para revitalizar uma área decadente e criar uma atração turística de peso – que os locais também frequentam entusiasticamente”.
Vale a pena conhecer o norte do nosso amado, colorido, miscigenado, multicultural Brasil.
Feliz Natal e Feliz Ano Novo!